Sete pontos, apenas uma vitória em dez jogos e a penúltima colocação. A campanha do Nacional do Campeonato Paraguaio não refletiu a atuação e organização demonstrado pela equipe no Mineirão, na noite de ontem diante do Cruzeiro na estreia da Sul-Americana. Com experiência típica dos clubes sul-americanos e até certa ousadia, a equipe paraguaia fez a Raposa precisar batalhar muito e contar com inspiração da dupla de meias para conseguir a importante vitória de virada por 2 a 1.
Ao contrário do rival, o Cruzeiro segue com campanha quase perfeita em 2017. A vitória foi a de número 15 na temporada em 18 jogos. Porém, o 2 a 1 deixou o confronto em aberto, para ser definido no Paraguai, no dia 10 de maio, quando a Raposa poderá empatar. Já o time da casa terá de vencer.
A expectativa era de que o Cruzeiro iniciasse o confronto aplicando uma forte pressão. Mas quem mostrou oportunismo foi o Nacional, que de forma surpreender abriu o placar logo aos 4 minutos, com Santana, aproveitando desatenção entre a defesa da Raposa e o goleiro Rafael. O início fora do contexto esperado por todos, deixou o time celeste atordoado em campo.
A torcida celeste passou a gritar mais alto nas arquibancadas, empurrando o time. Foi ai que dois nomes resolveram chamar a responsabilidade na tentativa de modificar o cenário. Arrascaeta comprovou que vive a sua melhor fase com a camisa da Raposa. Atuando como atacante e com liberdade para atuar em diferentes funções, levou muito problema para os defensores do Nacional.
Já Thiago Neves, por sua vez, que marcou seu primeiro gol pelo clube diante do Atlético, no sábado, mostra que aos poucos está evoluindo tecnicamente e fisicamente e deu mostras da importância do armador. Foi dele, inclusive, o gol de empate, em boa jogada do ataque celeste.
O Nacional precisou fazer duas substituições ainda no primeiro tempo. Primeiro, Paniagua sentiu lesão e deixou o gramado. No lance mais preocupante da partida, Adam Bareiro se chocou de cabeça com Manoel e saiu de maca e sob observação dos médicos para o vestiário, com um corte fundo no rosto.
Na segunda etapa, o Cruzeiro voltou buscando o ataque. Mas mais uma vez ter a bola não significou oportunidades de gols para a Raposa. Desta feita, Mano Menezes promoveu a entrada de Ramón Ábila em lugar de Rafinha. E o treinador foi premiado. No primeiro lance que teve, o argentino ganhou no corpo do zagueiro e virou a partida.
BERNARDO LACERDA
Fonte: OTempo
